Eleita com 116.912 votos para o seu
primeiro mandato de deputada federal, após quatro mandatos como vereadora de
Salvador, a presidente estadual do PRB, Tia Eron, negou qualquer pretensão de
deixar a Câmara dos Deputados em 2016 para disputar as eleições em Salvador. Na
capital baiana, Tia Eron recebeu 67.151 votos no pleito do ano passado, atrás
apenas do deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), que cravou 87,2 mil votos
dos eleitores soteropolitanos. Além da parlamentar baiana, o PRB, braço direito
da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), emplacou o deputado federal Bispo
Márcio Marinho, eleito com 117,4 mil sufrágios. Em Salvador, o parlamentar teve
menos votos que a correligionária e levou da capital 67.151 votos.
“Não posso ter pretensões. Tenho que ter
missões, que são designadas pelo meu grupo [Iurd]. Quem olha para mim, não tem
que olhar para mim, mas para o meu grupo, e meu grupo não entende em me tirar
[de Brasília] para disputar a prefeitura de Salvador”, disse Tia Eron, em
entrevista à Tribuna, ao negar que o seu partido irá pressionar o prefeito ACM
Neto para compor sua chapa em 2016 na vaga de vice-prefeito, cargo desejado por
todos os aliados, já que ACM Neto, se vencer o pleito, carimba seu passaporte
para a disputa pelo governo da Bahia em 2018. “Estaremos ao lado de ACM Neto,
que marca índices de aprovação altíssimos. Como é que vamos pretender e
pressionar ele? O PRB não usa a pressão como artifício. Você tem que ser
reconhecido”, disse.Ainda conforme a dirigente estadual do Partido Republicano
Brasileiro, o foco em 2016 é aumentar o número de prefeituras do interior do
estado comandadas por gestores ligados ao PRB. “A nossa missão será aumentar o
número de representatividades no interior do estado. Nós somos um polo, um
bloco segmentar da igreja, com uma rede internacional que conta com uma TV e
uma Rádio. E como é que se tem uma estrutura dessas e não tem
representatividade no interior?”, defendeu.
Para a deputada, o PRB é um partido forte
e, por isso, acredita que em 2016 registrará crescimento no número de prefeitos
– atualmente três dos 417 municípios baiano – e de vereadores em todo o estado.
“O PRB buscará os polos mais importantes de cidades do interior com o apoio do
DEM, PMDB, PSDB e PSC, partidos considerados grandes, e que estaremos ao lado.
Esse será o nosso foco principal”, disse Tia Eron.
David Mendes, Tribuna da Bahia
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