O ministro do Trabalho,
Manoel Dias, deve assinar no início da próxima semana uma resolução em ad
referendum em nome do conselho curador impondo a obrigatoriedade do
recolhimento de 8% do salário do trabalhador doméstico para o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS). Os patrões podem fazer o recolhimento separado do
FGTS para os empregados domésticos, mas não são obrigados. Com a resolução, o
pagamento passa a ser obrigatório. Essa resolução teria que ser aprovada pelo
conselho curador na reunião da semana passada, mas como o encontro foi adiado
por tempo indeterminado, o ministro vai publicar a norma em nome do órgão.
Só assim será possível o
governo cumprir o prazo de lançar até o dia 2 de outubro o Simples Doméstico,
que reunirá numa mesma guia todas as contribuições que devem ser pagas pelos
empregadores. A guia - que deve ser regulamentada pela Receita Federal -
corresponde a 28% do salário do trabalhador doméstico, o que garantirá a ele
direitos trabalhistas e previdenciários. Do total que deve ser pago todo mês, a
partir de outubro, 20% são de responsabilidade do patrão. O valor corresponde a
8% para o INSS (hoje é 12%); 8% para o FGTS; 3,2% para um fundo de indenização em
caso de demissão, e 0,8% para seguro contra acidente. O empregador terá de
acrescentar mais 8%, da contribuição do trabalhador para o INSS, e descontar o
valor do salário dele.
Todos os valores a serem
recolhidos serão calculados automaticamente com base nas informações fornecidas
pelo empregador no site www.esocial.gov.br. Em seguida, será gerado o boleto
para o pagamento na rede bancária. Na contribuição, também será calculado o
imposto de renda que deve ser retido na fonte, se for o caso. As contribuições
não serão retroativas.
"O governo se
comprometeu a lançar o Simples Doméstico antes do prazo e, faltando menos de 10
dias para o fim do prazo, não houve nenhuma sinalização, o que faz com que as
dúvidas dos empregadores persistam", afirma o diretor executivo da Confirp
Contabilidade, Richard Domingos. "São várias ligações que recebemos e a
única resposta que podemos dar é para que tenham paciência", completou.
Ascom Força Sindical
Nenhum comentário:
Postar um comentário