Com a população mundial
envelhecendo, inclusive a brasileira, surgem cada vez mais questões
relacionadas à memória. Parte dos neurocientistas acreditam que o desfecho
inexorável do envelhecimento para o cérebro seria o desenvolvimento de uma
doença neurodegenerativa, entre elas, a doença de Alzheimer. Bastaria, para
isto, que todos nós vivêssemos por mais de 120 anos. Com a população mundial
envelhecendo, inclusive a brasileira, surgem cada vez mais questões
relacionadas à memória. Parte dos neurocientistas acreditam que o desfecho
inexorável do envelhecimento para o cérebro seria o desenvolvimento de uma
doença neurodegenerativa, entre elas, a doença de Alzheimer. Bastaria, para isto,
que todos nós vivêssemos por mais de 120 anos.
À medida que a idade avança
ocorre um processo natural (fisiológico) de morte das células nervosas
(neurônios). Isto não significa, entretanto, que um indivíduo de 60 anos tenha
um desempenho cognitivo necessariamente pior que um outro de 30 ou 40. Ao
contrário, embora ocorra este processo de perda de neurônios, o
"amadurecimento" do cérebro proporciona um maior número de contatos
(conexões) entre cada uma das células (plasticidade neural). A plasticidade neural
é a diferença que faz com que uma pessoa, aos 60 anos de idade, diga que está
na melhor fase de sua vida cognitiva, embora talvez não tenha mais a velocidade
e capacidade de armazenamento de informações de uma pessoa mais jovem.
A preocupação com a memória
deve começar quando esta queixa é percebida pela própria pessoa e seus
familiares ou pessoas próximas, mas, principalmente, quando começa a interferir
nas atividades do cotidiano. Cabe aqui ressaltar que pessoas que nunca tiveram
facilidade para guardar nomes, dados, datas, ou informações no geral, não têm
mais ou menos risco de desenvolver alguma doença neurodegenerativa, como
Alzheimer, no futuro.
Dr. Andre Felicio, neurologia
- CRM 109665/SP
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