A operação de crédito ao
BIRD foi solicitado pelo Executivo através de projeto com regime de urgência na
Casa. A bancada de oposição na Assembleia Legislativa se mantém contrária ao
projeto de Lei do Executivo de número 21.449 que autoriza o governo do estado a
contratar operação de crédito externo do BIRD, no valor de até U$ 400 milhões,
ou seja, R$ 1, 6 bilhões. Os parlamentares querem saber especificamente onde
esses recursos serão aplicados, já que o projeto informa genericamente que o
empréstimo será destinado ao desenvolvimento de políticas públicas e ao
pagamento da dívida interna com a União.
" Esta Casa não pode
assinar um cheque em branco de 400 milhões de dólares para o governador, sem
saber qual o destino desses recursos e de que forma serão pagos ao banco
financiador", ponderou o líder da oposição, deputado Sandro Régis (DEM),
durante a sessão plenária desta terça-feira, 22, quando o projeto entrou na
ordem do dia, após o requerimento de urgência ter sido aprovado no último dia
15, com voto contrário da oposição. "No mínimo, esta Casa estaria sendo
irresponsável ao autorizar o governo a tomar empréstimo de tal monta sem saber
a sua destinação", insistiu Régis, recomendando a sua bancada a não
compactuar com o que considerou um desrespeito ao Parlamento e à população
baiana.
O tucano Adolfo Viana
advertiu que o Legislativo é um Poder
independente e não pode ser tratado como uma secretaria que carimba a vontade
do Executivo. "Ao que parece, nem os deputados governistas sabem onde serão
investidos esses 400 milhões de dólares", criticou Viana, ao tomar
conhecimento que o próprio líder do governo, deputado Zé Neto, chegou a
ventilar que o governador Rui Costa se manifestaria sobre a destinação dos
recursos após a aprovação do projeto. O deputado Sidelvan Nóbrega (PRB) lembrou
que independente de ser governo ou oposição, os parlamentares foram eleitos
para pensar e discernir o que é certo e errado e não apenas para dizer sim à
vontade do Executivo. " Será que o destino desses recursos não condiz com
as reais necessidades do povo baiano?', questionou. O deputado Luciano Ribeiro
(DEM), foi enfático: o Parlamento não pode ser uma chapa branca do Executivo.
Nossa obrigação é conhecer e se debruçar sobre os projetos que passam por aqui.
O governador deve obediência às leis e é necessário que diga de que forma e
para onde os recursos estão indo", frisou. Carlos Geílson, que ocupa a 3ª
vice-presidência da Alba, comungou com o discurso dos colegas e reforçou que é
prerrogativa dos deputados analisar com critério cada projeto. "Estamos
falando de uma montanha de dinheiro entrando no erário", refletiu.
Comunicação Liderança da Oposição
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