Os contraceptivos orais
impediram 200 mil casos de câncer de endométrio na última década, de acordo com
nova pesquisa publicada. No novo estudo, publicado na revista “The Lancet Oncology”,
os pesquisadores analisaram dados de 27.276 mulheres com câncer no endométrio e
de 115.743 mulheres saudáveis a partir de 36 estudos diferentes.
Eles estimam em suas
conclusões que 400 mil casos da doença foram evitados por mulheres tomando contraceptivos
orais nos últimos 50 anos, e 200 mil destes casos são dos últimos 10 anos.
O estudo mostra que cada
cinco anos de uso de contraceptivos orais reduz o risco de câncer de endométrio
em cerca de um quarto. Doses hormonais em contraceptivos orais caíram ao longo
dos anos, mas as descobertas sugerem que mesmo a quantidade de hormônios usada
hoje ainda oferece um benefício de proteção.
Uma vez que as pílulas fazem
o corpo achar que a mulher está grávida, a quantidade de estrogênio natural que
circula no corpo cai e reduz o risco de desenvolver a enfermidade.
O estudo também descobriu
que quanto mais tempo as mulheres usarem contraceptivos orais, mais o risco
diminuiria. Curiosamente, a redução do risco continuou por mais de 30 anos
depois que as mulheres pararam tomar a pílula, sugerindo que o efeito protetor
é prolongado.
O Globo
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