Os árbitros brasileiros
estão a ponto de entrar em greve. Tudo porque querem receber um valor superior
ao que algumas equipes da elite do Brasileirão ganham da TV. Nesta
quinta-feira, os sindicatos de arbitragem de todo o país irão se reunir para
decidir que rumo tomar depois que a presidente Dilma Rousseff vetou o ítem da
MP do Futebol sobre o direito de arena dos árbitros. O texto propunha que 0,5%
do valor dos direitos de transmissão fosse repassado aos juízes, o que foi
rechaçado pela petista.
De acordo com a Anaf
(Associação Nacional dos Árbitros de Futebol), com o veto, os árbitros deixarão
de receber um valor próximo a R$ 9 milhões. Para se comparar, os sindicatos de
atletas recebem 5% do direito de arena. O valor é depois repassado aos
jogadores, mesma situação que os juízes exigem. O valor de R$ 9 milhões
calculado pela Anaf, aliás, é mais do que algumas equipes da Série A do
Campeonato Brasileiro ganham da TV Globo, detentora dos direitos de
transmissão.
Segundo seus balanços
financeiros, por exemplo, o Figueirense ganhou R$ 8,2 milhões por direitos de
TV em 2014, enquanto o rival Avaí recebeu um pouco menos: R$ 8 milhões. De
acordo com a Anaf, a entidade vai à Justiça para pedir uma liminar solicitando
aos canais de televisão que não exibam imagens dos árbitros nas transmissões
enquanto a situação não for definida.
Se a greve for mesmo
decretada após os encontros marcados para quinta-feira, árbitros das quatro
divisões nacionais não irão trabalhar nas partidas das Séries A, B, C e D.
Atualmente, os juízes com
chancela Fifa ganham aproximadamente R$ 4 mil por partida. Um aspirante Fifa
algo em torno de R$ 3,2 mil, enquanto os árbitros "comuns" ganham
cerca de R$ 3 mil - todos em valores brutos.
msn Esportes
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