O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato teve seu
recurso negado pelo Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lácio, em Roma, e
deve ser extraditado para o Brasil. A sessão ocorreu na manhã desta quinta-feira
(4).
Pizzolato, que havia entrado com o recurso em maio, pode
recorrer ao Conselho de Estado, última instância da Justiça Administrativa
italiana. Com a decisão desta manhã, o Brasil tem 20 dias para retirar o
condenado do mensalão da Itália. O ex-diretor pegou 12 anos e sete meses por
correupção passive, peculato e lavagem de dinheiro.
O ítalo-brasileiro fugiu para a Itália no meio do escândalo
do Mensalão, um dos maiores casos de corrupção na política brasileira. Mesmo
tendo cidadania italiana, ele usou os documentos falsos do irmão, que faleceu
em 1978, e acabou sendo preso em Maranello.
No dia 24 de abril, o ministro italiano da Justiça, Andrea
Orlando, deu um parecer favorável à extradição do ex-diretor. A decisão veio de
encontro ao veredicto da Corte de Cassação de Roma, em fevereiro, que reverteu
uma decisão do Tribunal de Bolonha e autorizou a extradição.
Na primeira sentença, a vinda do ex-diretor ao país tinha
sido negada sob argumento de que os presídios brasileiros não têm condições de
manter a integridade física de Pizzolato.
Poder & Politica
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