Sempre afeito a entrevistas, o presidente da Assembleia
Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Marcelo Nilo (PDT), está em momento
recluso. Desde o anúncio de que poderia deixar o PDT no dia 30 de maio, após
mais uma série de trocas de farpas com o atual dirigente estadual da sigla,
deputado federal Félix Mendonça Jr., o telefone de Nilo, em momentos e dias
diversos, permanece sem contato com a imprensa – ao menos com os números do
Bahia Notícias, já que todas as vezes a caixa postal foi o único som audível.
Pelo próprio perfil no Twitter e também em entrevista ao jornal A Tarde, o
ainda pedetista recuou. “Tô fazendo o possível para ficar no PDT”, escreveu na
rede social.
No jornal, frisou que possui controle sobre boa parte do
diretório estadual e influência sobre deputados estaduais e prefeitos da
legenda. Por mais que Nilo credite a musculatura política como trunfo, o
diretório nacional mandou um recado indireto: prolongou o mandato de Félix Jr.
na direção baiana do partido até novembro. O presidente da AL-BA tenta reverter
a situação e antecipar as eleições para o diretório, agendadas inicialmente
para 30 de setembro, uma linha tênue para o limite de filiações partidárias
para candidatos a prefeito e a vereador em 2016. Próximo ao extremo dos
governos petistas, tendo cinco mandatos à frente do legislativo estadual,
concomitantes com mandatos de Jaques Wagner e Rui Costa, Nilo é uma pedra no
sapato para os rumos defendidos no cenário nacional pelo PDT, que já cogita
sair da base do governo federal petista de Dilma Rousseff. Com essa conjuntura,
o ainda pedetista é quase um estranho no ninho. E, como o próprio Nilo sempre
fala em entrevistas “feliz é homem que consegue conversar com o povo”.
Ao que aparenta, o ex-tucano anda bem infeliz no atual berço.
Por isso já cogitou a migração para junto de outras aves no PL, ainda na casca,
ou até mesmo no PSD.
Bahia Noticias
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