O risco de Neymar ter de cumprir
nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 parte da punição que lhe foi imposta
pela expulsão no jogo entre Brasil e Colômbia pela Copa América tornou ainda
mais importante a partida de sábado contra o Paraguai. Se a seleção brasileira
ganhar, jogará mais duas vezes na competição sul-americana e fará o craque
cumprir integralmente sua pena. Se for eliminada, vai ter de dar os dois
primeiros passos da caminhada rumo à Rússia sem seu principal jogador. A CBF
considera ser possível discutir a posição da Fifa que obrigaria Neymar a
cumprir a pena em uma competição organizada por ela, caso das Eliminatórias, e
não da Conmebol, caso da Copa América de 2016.
"Entendemos que cabe
debate", disse o secretário-geral da entidade, Walter Feldman. No entanto,
pelo menos por enquanto, não existe disposição de uma interpelação à Fifa.
A justificativa de Feldman para
não iniciar a discussão com a Fifa é simples: "Não vamos precisar fazer
isso. Acreditamos que a seleção vai seguir em frente na Copa América. É com
essa perspectiva que trabalhamos".
O dirigente rebateu o
questionamento sobre um desconhecimento, por parte da CBF, da possibilidade de
a pena de Neymar ser extensiva às Eliminatórias quando decidiu desistir de
entrar com recurso na Conmebol. O jogador foi suspenso por quatro partidas e
uma apelação reduziria a pena para três jogos - o que na pior das hipóteses o
tiraria apenas da rodada inaugural das Eliminatórias.
A entidade obteve a informação de
que não teria sucesso no recurso. Isso, a vontade de Neymar em se desligar e a
posição favorável da comissão técnica levaram à desistência. "Concluímos
que nada era mais importante do que evitar qualquer instabilidade ao grupo",
assegurou Feldman.
Com informações do Estadão
Conteúdo.
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