O malogro na proposta de fusão entre o PTB e o DEM deixou
frustado o maior líder democrata da Bahia. Prefeito de Salvador e liderança
ascendente na política local, ACM Neto havia jogado todas as cartas na proposta.
Ante os sinais de impedimento, viajou na quinta-feira a
Brasília com o objetivo de remover os obstáculos que se sucediam à fusão. A
idéia desde o princípio era obter uma autonomia partidária que o nanico DEM não
lhe dá.
Seu maior ganho com a fusão seria garantir de tempo de
televisão suficiente para não torná-lo tão dependente de parceiros, dos quais
sempre se desconfia, principalmente em situações de necessidade.
Caso típico dos novos acordos para a reeleição que ACM Neto
enfrentará no ano que vem. No círculo íntimo do prefeito, há quem assegure que,
como bom estrategista, nem nos momentos em que a fusão pareceu concreta, ele
perdeu de vista o plano B.
Uma das alternativas seria a fusão do PSB e PPS. Com a
alforria dada a mandatários de cargos majoritários pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), para o qual o mandato de presidentes, governadores e prefeitos
não pertencem a partidos, Neto pode ir para onde quiser.
Neste caso, ele assumiria o controle do novo partido no
Estado. Hoje, o PSB está nas mãos da senadora Lídice da Mata, com quem Neto,
aliás, se relaciona muito bem. Mas o ingresso seria favorecido pela guinada
anti-Dilma do PSB em Brasília.
Pelo visto, o espírito oposicionista do PPS vai se espraiar
sobre a nova agremiação, onde os governistas, como Lídice, ficarão escanteados
ou simplesmente precisarão procurar um novo espaço partidário.
Escreve Politica Livre
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