O partido se manifestou contrário a Medida Provisória 665 e
corre o risco de perder o Ministério do Trabalho, ocupado pelo pedetista Manoel
Dias.
Tudo indica que o PDT está caminhando para a oposição. Depois
de o presidente do partido, Carlos Luppi, ter dito que o PT "roubou
demais", o PDT na noite desta quarta-feira, votou em massa contra a Medida
Provisória 665, o que desagradou profundamente o governo. Esse gesto, dizem
interlocutores do Planalto, poderá custar o Ministério do Trabalho, ocupado
pelo pedetista Manoel Dias. "Foi um sufoco, mas vencemos", comentou
um assessor palaciano, ao lembrar que nesta quinta-feira as votações prosseguem
e será preciso manter a base mobilizada.
Sem contar com os votos do PDT e de dez petistas e de 13
peemedebistas, o governo só respirou aliviado porque o texto recebeu apoio de
oito deputados do DEM que, depois de terem participado de almoço com Michel
Temer, nesta quarta-feira, votaram com governo pelo ajuste fiscal. Temer também
conseguiu apoios no PV, que não é da base aliada, e resgatou dissidentes do PP.
Mas, agora, o governo deverá cobrar do PDT, que votou em massa
contra o governo na MP 665. O vice-presidente Michel Temer, coordenador
político do governo, permaneceu em seu gabinete, no Planalto, até o final da
votação, acompanhando passo a passo a votação no Congresso. Embora o placar das
aprovações não tenha sido dos mais folgados, Temer comemorava o resultado, ao
lado dos ministros Eliseu Padilha, da Aviação Civil, e Henrique Eduardo Alves,
do Turismo, e fez questão de ligar para vários parlamentares agradecendo seus
votos.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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