A reforma política é tema atual, porém o que a grande massa
não sabe é o que de fato isso significa. Qual seria o ganho real para a
população do fim das coligações? Poderíamos arriscar em dizer que, sinceramente, nenhum. enquanto para os caciques e milionários da política, o
ganho seria muito vantajoso. Se não vejamos: Nas eleições, quem consegue
milhares de votos ao ponto de ser capaz de eleger-se sozinho? Muito pouco. Uma
vez ou outra, temos “fenômenos” políticos, como aconteceu com o saudoso Enéas
Carneiro do extinto PRONA e, mais recente com federal Tiririca, os demais até conseguem
uma ampla soma de votos, mas insuficiente para serem eleitos sozinhos, no atual
sistema.
Agora, se analisarmos friamente, veremos que esses que
sempre conseguem uma soma vantajosa de votos, são sempre os mesmos nomes, os
caciques ou filhos, mulheres e parentes próximos dos mesmos. Se assim for, com
o fim das coligações, os com menos recursos em campanhas eleitorais e que
geralmente não estão dentro dos grandes escândalos desse país, mesmo com boas
ideias, jamais chegarão a uma cadeira no parlamento. De modo que o único meio
pelo qual eles teriam condições seria através das coligações, nas quais seriam
ajudados por sua legenda e os votos dos demais postulantes.
E não se deixe enganar, os poucos políticos honrados não
terão uma boa fatia do eleitorado, pois os maus políticos serão capazes de
triplicar o que já gastam hoje para se manter no poder, sendo que mais uma vez
pode-se perguntar: E o dinheiro virá de onde? Podemos arriscar em afirmar que
virá de onde sempre veio; dos impostos pagos pelo cidadão contribuinte e das
falcatruas que tanto tem destruído este país.
Com isso, a falsa ideia de que a reforma política, que
ninguém sabe o que é, e que o fim das coligações é uma resposta aos movimentos
do povo nas Ruas, é na verdade, um engoldo político, na contramão do que almeja
a população, ou seja, em nada contribui para a sociedade, menos ainda para
aqueles que não são da casta elitizada ou politicamente enraizado, do tipo que
pratica a política hereditária.
Pense nisso.
Adeilton Leal (Bozó), é servidor público de profissão,
Blogueiro por opção e está presidente do SINSERG e PHS municipal.
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