O dólar encerrou em queda pela terceira sessão seguida nesta
quinta-feira, acompanhando o cenário internacional e com os investidores
buscando um novo patamar de flutuação da moeda, à medida que a cotação se aproxima
da barreira de 3 reais. A moeda norte-americana caiu 0,58 por cento, a 3,0167
reais na venda, acumulando queda de 3,45 por cento em três sessões e fechando
no menor patamar desde 5 de março. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro
financeiro ficou em torno de 1,1 bilhão de dólares.
Depois de abrir em queda ante o real, o dólar chegou a
registrar certa volatilidade durante o primeiro período do pregão, oscilando
entre leves altas e baixas. A tendência de queda se consolidou apenas na
segunda parte da sessão, quando o dólar ampliou a queda no mercado
internacional.
"As oscilações aqui são normais devido às quedas já
ocorridas e ao patamar de sustentação de 3 reais", disse o economista da
Tendências Consultoria Silvio Campos Neto. A moeda norte-americana fechou
abaixo dos 3 reais pela última vez no dia 4 de março, a 2,9807 reais. Nas duas
semanas seguintes, contudo, o dólar entrou em ascensão até fechar na máxima em
quase 12 anos no dia 19 de março, a 3,2965 reais. Desde o pico de março, a
moeda norte-americana vem buscando um novo patamar e voltou a se aproximra de 3
reais, onde tem encontrado resistência para cair mais.
"O mercado está tentando encontrar um novo patamar, se é
em 3 reais ou se vai romper isso", disse o economista-sênior do Besi
Brasil, Flavio Serrano, acrescentando acreditar que a moeda deve oscilar entre
3 reais e 3,10 reais. "Na ausência de notícias relevantes, vamos ver o
dólar oscilando nesse patamar."
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até
10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes
a 10,115 bilhões de dólares. Até o momento, a autoridade monetária já rolou
cerca de 56 por cento do lote total.
Economia & Negocios
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