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terça-feira, 10 de março de 2015

Ponto de Vista - E o trabalhador começa a pagar a conta



Desde o começo deste mês começaram a valer as medidas do pacote de maldades baixado pela presidente Dilma Roussef. Agora, para pedir o seguro-desemprego pela primeira vez o trabalhador tem que ter tido registro em carteira nos últimos 18 meses. Antes eram necessários seis meses. A mulher ou o marido que perder o cônjuge, por morte, dependendo da idade, só poderá receber metade da sua pensão.
O abono do PIS/Pasep, que é pago a quem ganha até dois salários mínimos, não será mais pago integralmente a quem teve menos de 12 meses de registro em carteira no último ano. Para receber o seguro-defeso, o pescador precisa agora de uma carência de três anos a partir da obtenção do registro de pescador. Antes, o tempo mínimo de atividade para ter acesso ao benefício, era um ano. O beneficiário também terá que ter contribuído pelo período mínimo de um ano para a Previdência Social.
Dilma executa essas medidas ao mesmo tempo em que promove um dos maiores arrochos na taxa de investimento do país. No momento e que a atividade industrial sofre profunda retração. No momento em que quase todas as grandes empreiteiras, envolvidas nos escândalos da Petrobras, começam a demitir em massa porque não recebem do governo.
As medidas provisórias que ela editou para prejudicar os trabalhadores começaram a ser discutidas no Congresso Nacional. Nós do Partido Solidariedade já entramos com ações no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a inconstitucionalidade dessas medidas. Mas, no Congresso, buscaremos uma grande coalização para que elas sejam derrubadas. Assim como vamos brigar para reestabelecer o projeto que corrige em 6,5% a tabela do Imposto de Renda, vetado pro Dilma.
A presidente não fala em redução da taxa de juros para estimular o setor produtivo. Não fala em taxar os lucros bilionários dos bancos e dos grandes milionários. Não fala em reduzir gastos do governo, cortando ministérios e cargos comissionados.
E, ao contrário do que disse na campanha eleitoral, resolveu jogar nas costas do trabalhador a conta dos desastres do seu primeiro mandato.

Por Paulinho da Força

Deputado federal e presidente nacional do Solidariedade

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