A presidente Dilma novamente desagradou o PMDB e, piora ainda mais as relações com o
presidente do Senado, Renan Calheiros.
Dilma nomeou o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, ministro do Turismo, no lugar de um afilhado de Calheiros, Vinícius
Lages. A troca em nada contribui para melhorar o clima de desconfiança que vem
ditando o comportamento de dois dos mais importantes caciques do PMDB, Renan
Calheiros e Eduardo Cunha, que neste momento dominam o Legislativo.
"Henrique não é um gestor, ao passo que é um excelente
negociador. Conhece o Congresso inteiro e tem trânsito em todos os
partidos" - declara um senador pemedebista, reconhecido por ser hábil em
tomar o pulso político do parlamento. "Mas Dilma vai errar de novo" -
completa.
A chance de a tese prosperar, no entanto, é nula. Nomear
Alves para o Ministério das Relações Institucionais significaria entregar a
sétima pasta ao PMDB - o que provocaria enorme grita entre os demais aliados,
principalmente o PT, que considera o posto estratégico. Representa também
mandar para casa o ministro Pepe Vargas, uma escolha pessoal da própria
presidente.
Desta forma, a mexida "pontual", como Dilma prefere
classificar as substituições no primeiro escalão, deve agregar pouco,
politicamente. Isto é, Dilma muda, para ficar tudo igual.
Poder & Politica
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