O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,9% entre
fevereiro e março de 2015, ao passar de 85,4 para 82,9 pontos, atingindo o
índice mínimo histórico pelo terceiro mês consecutivo. Os dados relativos ao
ICC foram divulgados hoje (25), pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que a queda foi motivada,
principalmente, pela situação atual.
Entre fevereiro e março, o Índice de Situação Atual caiu
5,6%, de 82,3 para 77,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuou 1,4%,
ao passar de 87,0 para 85,8 pontos. Os dois índices encontram-se nos níveis
mínimos históricos, segundo a FGV. De acordo com o órgão, considerando-se
comparações com séries padronizadas, as expectativas estão pior que as
percepções sobre a situação atual. Na avaliação do superintendente para ciclos
econômicos da FGV/Ibre, Aloísio Campelo, o ICC está em queda e se afastando dos
níveis mínimos anteriores, registrados durante a crise financeira internacional
de 2008 a 2009.
“Aos fatores econômicos, como inflação e mercado de trabalho,
somam-se a preocupação do consumidor brasileiro, com a turbulência do ambiente
político e com os riscos de abastecimento de água e energia”, disse.
Os dados divulgados indicam que a maior pressão negativa para
a queda do Índice de Situação Atual veio do indicador que mede o grau de
satisfação com a situação econômica atual, que registra o menor patamar da
série histórica pelo terceiro mês consecutivo.
“A proporção de consumidores afirmando que a situação da
economia está boa caiu de 5,8%, em fevereiro, para 4,5% em março, enquanto a
parcela dos que a consideram ruim aumentou de 71,6% para 77,6% no mesmo
período”, explicou a FGV.
As expectativas também não são favoráveis em relação ao
futuro próximo: O indicador que mede o otimismo em relação à evolução da
situação financeira da família nos próximos
seis meses apresentou recuo de 2,8%,
enquanto a proporção de consumidores prevendo melhora da situação
financeira caiu de 27,9% em fevereiro para 27,% em março. O percentual dos que
projetam piora aumentou de 10,5% para 12,9%.
A edição de março de 2015 coletou informações de 2.191
domicílios de 2 a 21 de março. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor
ocorrerá em 27 de abril de 2015.
Economia & Negocios
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