Há poucos dias do início efetivo das atividades do
Legislativo baiano, integrantes da bancada de oposição fizeram, em entrevista
ao Bahia Notícias, uma avaliação das perspectivas do grupo e do início do
governo de Rui Costa. Para o líder do bloco na Assembleia Legislativa, Sandro
Régis (DEM-BA), tomou como base o discurso de abertura dos trabalhos da Casa
feito pelo chefe do Executivo estadual, considerado “de oposição”. “Ele
criticou a saúde, que tinha que mudar; a educação; que tinha que botar mais
policiais nas ruas. Então indiretamente, o que foi que ele disse: que nesses
oito anos do governador Jaques Wagner a saúde não ia bem, a segurança era
ineficiente, e a educação era falha. Agora, o governador Rui Costa participou
desses oito anos do governador Jaques Wagner. Ele foi o grande comandante da
locomotiva do governo: ou como secretário institucional, ou como chefe da Casa
Civil”, criticou. O democrata também apontou contradições com a composição do
secretariado e das nomeações de 2º e 3º esacalão.
“Vou resumir uma frase que eu sempre uso em meus discursos:
se criou uma grande expectativa, todos diziam que ia ser um governo
diferenciado, uma equipe técnica, e eu não vi nenhum ‘camisa 10’, não vi nenhum
craque nesse secretariado que aí está, que possa realmente fazer um trabalho
diferenciado e tirar a Bahia das posições que ocupa na saúde, na educação, na
segurança pública”, apontou Régis, que estava acompanhado do deputado Sidelvan
Nóbrega (PRB), cujo partido integrou a base do governo na gestão Jaques Wagner.
De acordo com Nóbrega, não houve convite formal de retorno à
aliança por parte de Rui. “Em momento algum houve um chamamento oficial do
governo. Houve uma reunião informal da Casa, onde o secretário de Relações
Institucionais Josias Gomes esteve presente, com alguns partidos; e nós fomos
convidados para estar ali presentes, mas não houve nada efetivamente oficial
que chamasse para rever, para compor o governo”, relatou Nóbrega, que
justificou a especulação em torno do assunto por conta da saída do PRB para
apoiar Paulo Souto (DEM), candidato derrotado na última eleição. “Acabou a
eleição, nós não conseguimos êxito na nossa ida, fazer Paulo Souto o governador
do Estado, e isso fez com que o partido se conscientizasse que o povo queria
que nós fôssemos para a oposição”, disse ele, que ressaltou as declarações do
petista sobre a importância da sigla em sua base. “Aliás, ele deu algumas
declarações dizendo que o PRB não era um partido importante para o seu governo.
Por essa razão nós estamos na oposição e vamos assim continuar”, disse.
Bahia Noticias
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