Após a oposição questionar o idoneidade do resultado das
urnas eletrônicas nas eleições presidenciais de 2014, a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisa o projeto da senadora Ana Amélia
(PP-RS) que determina o acoplamento de mecanismos que permitam a impressão do
voto nas urnas eletrônicas. O objetivo é possibilitar, após as eleições,
avaliar por amostragem o desempenho dessas urnas, de acordo com a Agência
Senado.
Segundo artigo do projeto, a impressão do voto se dará em um
"número suficiente" de urnas nos estados e municípios, de modo a
garantir uma aferição adequada. Ana Amélia apresenta três razões para a
apresentação da proposta. Em primeiro lugar, a persistência de boatos, ao final
de cada eleição, a respeito de fraudes, que mesmo sem qualquer comprovação,
"minam a confiança do eleitor", acredita a senadora. Ela também cita
manifestações recentes de professores da Universidade de Brasília (UnB) que
afirmam ter conseguido penetrar no sistema que comanda as urnas, demonstrando
suas vulnerabilidades tanto no que se refere ao sigilo do voto quanto a
tentativas de manipulação. A senadora acrescenta que "não se deve confiar
cegamente num sistema, uma vez que todos são, por definição, falíveis".
“Qualquer sistema eletrônico de votação utilizado deve prever
mecanismos de auditoria. Esses mecanismos estão ausentes na forma como a urna é
utilizada hoje. Outra não é a razão de nosso sistema, em que pese suas
evidentes vantagens em termos de rapidez e operacionalidade, não haver
conseguido sucesso junto a outras democracias”, afirma Ana Amélia.
Escreve Poder & Politica
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