Alvo de críticas da comunidade esportiva e vaiado na última
quinta-feira durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o novo ministro
do Esporte, George Hilton, assumiu a pasta oficialmente nesta sexta-feira em
evento esvaziado de atletas e também de representantes do primeiro escalão do
governo. O deputado federal mineiro do PRB usou seu discurso para se defender
de ataques, mas admitiu não ser familiarizado com o assunto e “não entender
profundamente” da área. “Gostaria de tranquilizá-los para dizer: posso não
entender profundamente de esportes, mas entendo de gente.
Eu sei ouvir as pessoas, sei dialogar”, disse o novo
ministro, prometendo usar a habilidade política para gerir a pasta. Hilton é
radialista, apresentador de televisão e animador. “As críticas não me abatem,
me impulsionam a empurrar a mim mesmo a realizar proezas.” Aldo Rebelo
(PCdoB-SP), que passou nesta manhã o cargo a Hilton, minimizou a falta de
familiaridade do sucessor com a pasta destacando a experiência da equipe
técnica. As críticas ao nome do novo ministro, disse Rebelo, são “parte da
democracia”. Diante da ausência de outras personalidades do mundo do esporte,
Hilton quebrou o protocolo e pediu que o jogador de vôlei de praia Emanuel,
presente no evento, subisse ao palco. Emanuel é casado com a ex-jogadora Leila,
filiada ao PRB-DF.
A plateia era composta por servidores do ministério,
representantes de confederações esportivas e políticos. A ministra de Direitos
Humanos, Ideli Salvatti, chegou nos 10 minutos finais do discurso de Hilton.
Ligado à Igreja Universal, Hilton garantiu que sua “fé religiosa grande e
inquebrável” não será obstáculo para a condução do Ministério.
Escreve Beatriz Bulla do Estadão Conteúdo
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