No primeiro ano de atendimento do programa Mais Médicos, 174
profissionais desistiram de atuar no projeto, segundo dados do Ministério da
Saúde.
A maior parte é brasileira. Do total de desistentes, 144 são
formados no Brasil, 11 são intercambistas (brasileiros ou estrangeiros formados
em instituições de ensino no exterior) e 19 são cubanos trazidos ao País por
meio de um acordo de cooperação com o governo da ilha, intermediado pela Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas), órgão vinculado às Nações Unidas.
As desistências, porém, representam apenas 1,2% do total de
profissionais do programa. Segundo dados mais recentes do ministério, são
14.462 médicos atuando em 3.785 cidades brasileiras, além de 34 distritos
sanitários indígenas.
Divisão. A maioria dos profissionais é cubana (11.429). Em
seguida, aparecem os brasileiros (1.846) e, em terceiro, os intercambistas
(1.187).
O caso de desistência com maior repercussão foi o da cubana
Ramona Rodríguez, em fevereiro do ano passado. Ela abandonou o posto onde
trabalhava em uma cidade do Estado do Pará, alegando discordar das regras
impostas aos médicos cubanos - na época, os profissionais daquele país recebiam
o equivalente a US$ 1.000 (R$ 2.701), enquanto os demais médicos do programa
ganhavam R$ 10 mil. Meses depois, Ramona foi para os Estados Unidos.
Escreve Poder & Política
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