“A presidenta ressaltou ter consciência da gravidade dos
crimes cometidos pelos brasileiros. Disse respeitar a soberania indonésia e de
seu sistema judiciário, mas, como chefe de Estado e como mãe, fazia esse apelo
por razões eminentemente humanitárias”, diz a nota.
Dilma ainda lamentou profundamente a decisão de Widodo e
disse que a execução do brasileiro vai gerar comoção no Brasil e terá
repercussão negativa para as relações entre os dois países. O assessor especial
da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia,
informou que o governo brasileiro convocou duas vezes o embaixador da Indonésia
no Brasil para transmitir o desejo da presidenta Dilma de conversar com Widodo.
O primeiro pedido foi feito há cerca de uma semana. Segundo Garcia, a execução
do brasileiro criaria uma “sombra” na relação entre os dois países.
“Não houve sensibilidade por parte do governo da Indonésia
para o pedido de clemência do governo brasileiro. Tanto em relação a Archer,
quanto a Goularte. Em princípio, para Marco Archer, a execução deve se dar à
meia-noite de domingo, hora de Jacarta, e 3h da tarde na hora de Brasília”,
disse. Garcia disse ainda que esperar
“que um milagre possa resolver essa situação”
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, está
preso na Indonésia desde 2003, condenado por tráfico de drogas. Ele pode ser o
primeiro brasileiro executado por crime no exterior. Outro brasileiro, Rodrigo
Gularte, de 42 anos, também está no corredor da morte na Indonésia, por tentar
entrar no país, em julho de 2004, com seis quilos de cocaína escondidos em uma
prancha de surfe. De acordo com as leis da Indonésia, a única forma de reverter
uma sentença de morte é o presidente do país aceitar um pedido de clemência. A
prmeira vez que o governo brasileiro pediu clemência para Archer foi em marco
de 2005, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ontem (16), a organização não governamental (ONG) Human
Rights Watch informou que a Indonésia vai executar domingo (18), por
fuzilamento, Archer e mais cinco prisoneiros também condenados à morte por
tráfico de drogas.
Escreve Poder & Política
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