Um ano depois da condenação de 12 mensaleiros, através de
mandados de prisão emitidos pelo então presidente do STF, Joaquim Barbosa, sete
já saíram da prisão, após aprovação de regime aberto. Foi a 15 de novembro que
Joaquim Barbosa, na altura presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu
12 mandados de prisão para os acusados no processo do mensalão. Um ano depois,
sete dos condenados já conseguiram a liberdade condicionada, ou seja, pendente
de obrigações como a proibição de sair de casa à noite.
Entre os que conseguiram o regime aberto está o ex-ministro
da Casa Civil, José Dirceu, apontado como o mais poderoso no governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2005 e o principal operador
do esquema. Na mesma situação está também o ex-presidente do PT, José Genoino,
o ex-tesoureiro da sigla, Delúbio Soares, os ex-deputados Valdemar Costa Neto
(PR), Pedro Henry (PP) e Bispo Rodrigues (PL), assim como o ex-tesoureiro do
PL, Jacinto Lamas.
Todos eles conseguiram transitar, de forma gradual, do regime
fechado para o semiaberto, onde podem trabalhar e ter aulas para conseguir uma
redução de dias na pena e, daí, passar para o regime aberto, possível depois de
cumprido um sexto da pena e que permite a saída da prisão. Entre os cinco
condenados ainda a tentar o regime aberto está o delator do mensalão, o
ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Segundo o Globo, o mensaleiro ainda não
terá pedido a transição para o regime aberto. Os restantes já apresentaram
pedido para a falta de vagas nesse regime poderá colocar esses quatro
condenados em prisão domiciliária.
São eles o ex-presidente da Câmara João Paulo Queiroz
(PT-SP), os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Romeu Queiroz (PTB-MG), assim
como advogado Rogério Tolentino. Para João Paulo Queiroz, o pedido tem um
obstáculo acrescido. Isto porque, por ordem do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, o ex-presidente da Câmara terá que devolver R$ 536 mil que ele
desviou da Câmara.
Com informações de O Globo
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