Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM),
concentraram-se neste sábado (15) em frente ao Museu de Arte de São Paulo
(Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista. Eles pediram o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A manifestação foi acompanhada por
mais de 500 policiais militares. Em sua maioria, os manifestantes vestiram
camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando
“fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em
direção a Praça da Sé. Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e
dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a
ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a
ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria
dos manifestantes, pediu a anulação das eleições. O período da ditadura militar
durou 20 anos (1964-1985) e ficou conhecido como “os anos de chumbo”. Os
militares e civis que aderiram ao golpe de 1964, perseguiram, torturaram e
mataram estudantes, artistas, jornalistas, políticos e qualquer pessoa que
fosse contrária ao regime. Os direitos civis foram cassados pelos generais
presidentes e o Congresso foi fechado. Os perseguidos foram obrigados a deixar
o país para não sofrerem as consequências do regime militar.
O representante da Liga Cristã Mundial, padre Carlos Maria de
Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios elétricos, pedindo o impeachment
de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros foram “roubados e vilipendiados”.
O padre também declarou ser contra a ditadura dos gays. “O movimento LGBT está
querendo impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos
religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada”, disse,
depois, em entrevista. Em cima do trio e vestindo uma camisa da Seleção
Brasileira de Futebol o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP)
defendeu a saída de Dilma da Presidência. “O que nos move aqui é o desgoverno
do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas
condutas deixam o povo indignado”, disse. Bolsonaro acrescentou as denúncias de
corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade "indignada”.
Em entrevista, o deputado eleito, que compareceu armado na
primeira manifestação contra o governo de Dilma, na capital paulista, disse que
hoje, não portava sua arma. “Tenho amigos fazendo a minha segurança aqui e
decidi não vir armado”.
Perguntado por que participou da primeira manifestação
portando arma de fogo, ele respondeu que é policial. “A conduta normal de um
policial é andar armado mesmo fora de serviço”. Sobre a divisão dos
manifestantes entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe
militar, o deputado disse que há uma “coisa em comum” que é ser contra o
governo de Dilma e do PT. “Mas somos democráticos e há espaço para todos. Se
alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra o governo”,
completou.
Escreve Agencia Brasil
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