O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos
automóveis será elevado a partir de 1º de janeiro, segundo o presidente da
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Luiz
Moan. Ele esteve reunido, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega. O governo reduziu o IPI em maio de 2012 para ajudá-la a manter a
economia aquecida.
Após o encontro, Moan indicou que o ministro, em nenhum
momento, sinalizou prorrogar a permanência do imposto reduzido para carros.
Anteriormente, outros integrantes da equipe econômica já tinham antecipado que
o IPI voltaria em 2015 com as alíquotas cheias.
Moan disse que a elevação do IPI a partir de 1º de janeiro é
uma decisão do governo e não uma suposta manobra das montadoras para melhorar a
venda de automóveis no fim do ano. “É uma decisão que está tomada. Vamos
continuar trabalhando [com um cenário de elevação do IPI] na produção, nas
promoções e vendas”, disse o executivo.
Com a elevação, segundo Moan, o carro popular irá subir de 3%
para 7%; o carro médio de 9% para 11%, quando flex, e para 13% quando só a
gasolina. A decisão de repassar ou não as alíquotas integralmente para os
preços, segundo ele, dependerá de cada empresa. Moan não quis antecipar o
impacto do reajuste nos preços.
Moan sugeriu que a elevação do IPI não acarretará demissões
no setor. “A indústria automobilística tem seus trabalhadores em um nível muito
qualificado, o que significa crescimento e treinamento fortes. Então, a
indústria sempre evitou fazer uma redução do pessoal em função justamente desse
investimento que foi feito. Vamos lutar para continuar o máximo possível
produzindo e vendendo”, ponderou.
No último dia 11, Moan anunciou que estava otimista em
relação ao segundo semestre do setor em comparação ao primeiro. Ele tem dito
que os meses de novembro e dezembro serão melhores do que a média dos meses de
junho a outubro.
O executivo da ANFAVEA tinha demonstrado, até então, certo
pessimismo em relação a 2015 devido ao impacto do retorno do IPI a patamares
vigentes antes da crise.
Escreve Poder & Politica
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