Na sessão ordinária desta segunda (24), o clima esquentou no
plenário da casa legislativa, isto porque o assunto referente à perda do
povoado de Tararanga veio à tona. Em seu pronunciamento, o vereador Gil
Calheira (PSC), foi mal interpretado por alguns colegas, ao dizer que o povo de
Tararanga estaria feliz em passar a pertencer ao município de Piraí do Norte. Segundo
Gil, um dos motivos que levou a Assembleia legislativa reconhecer a posse do
povoado seria a falta de manutenção dos serviços básicos, pelas administrações
de Gandu, tanto as anteriores, quanto a atual. Para ele, a população da faixa
territorial que passará a compor o município vizinho, demonstrou interesse a
este fato, mediante consulta popular.
Anteriormente, o seu colega de bancada, o Vei da Rádio
(PTdoB), havia se manifestado contra tal situação, inclusive repudiando a
atitude dos deputados votados em Gandu, que foram a favor do desmembramento. Segundo
palavras do edil, todos ali foram eleitos para defender o povo de Gandu e, não
deputados, seja ele quem for. Já o líder da bancada governista, Emetério Palma,
relembrou os tempos quando fazia parte da oposição, ao bater forte na mesa,
para repreender as palavras de Calheira. Emetério afirmou que os vereadores ali
presentes, foram eleitos pelo eleitor de Gandu e não de Pirai do Norte e, que
por isso devem defender os interesses de Gandu, independente de quem esteja à
frente da administração. Depois do seu nervoso pronunciamento, o edil convidou
os colegas a assinarem um documento, que será enviado a Assembleia Legislativa
da Bahia, onde levará a indignação do parlamento ganduense, quanto a esta
decisão por parte dos senhores deputados.
Na palavra do presidente, Uziel Barreto (PROS), foi taxativo
ao lembrar aos colegas, que depois da aprovação, a matéria segue para a mesa do
governador Jaques Wagner, que de fato é quem tem a caneta na mão para sancionar
ou vetar a proposta. Segundo Uziel, os políticos de Gandu que apoiam o chefe do
executivo, deveriam se mobilizar para solicitar do mesmo que vete o projeto,
provocando assim que seja necessário 2/3 dos deputados para derrubar o veto,
desta forma seria útil voltar a procurar os parlamentares. Além de propor a
ideia, Uziel se colocou a disposição, para fazer parte da comitiva.
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