Presidente estadual do
Democratas, o deputado federal eleito José Carlos Aleluia, em sua volta ao
Congresso Nacional no ano que vem, pretende fazer uma firme oposição ao governo
da presidente Dilma Rousseff. “Não vou deixar barato os escândalos da
Petrobras”, avisou em entrevista à Rádio Tudo FM, na manhã desta segunda-feira
(03). Aleluia manifestou a sua disposição de investigar a “roubalheira da
Petrobras”. “Dilma e Lula sabiam que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto,
tomava 3% das empresas contratadas pela Petrobras para fins escusos. Vamos
trabalhar na busca das provas. Não há dúvida que Lula sabia do Mensalão e,
agora, do Petrolão”.
Para Aleluia, a proposta de
reforma política da presidente Dilma, logo depois da reeleição, foi uma
tentativa de abafar o chamado “Petrolão”, esquema de desvio de dinheiro da
Petrobras para financiamento de campanhas de petistas e aliados. “Dilma não
conseguiu atingir seu objetivo. O tiro saiu pela culatra”.
A proposta de reforma
política da presidente Dilma Rousseff foi rechaçada veementemente por Aleluia.
Na opinião dele, a iniciativa petista é baseado no Fórum de São Paulo, um
organismo autoritário inspirado em Fidel Castro e Hugo Chávez. “Basta olhar
para os nossos vizinhos da Venezuela, que vivem em clima de guerra e falta de
comida. Esse não é o modelo de país que os brasileiros anseiam”.
Aleluia pretende defender no
Congresso uma reforma política que institua o voto distrital. Na avaliação
dele, assim como acontece nos Estados Unidos e Inglaterra, esse sistema de
votação evita a pulverização partidária. “Além do fortalecimento dos partidos e
do fim das coligações proporcionais, o voto distrital estabelece uma relação
permanente do representante com o representado”.
Para o deputado federal
eleito, o fim da reeleição é outra medida que ele pretende defender na reforma
política. “Eu votei a favor, quando ela foi aprovada, mas admito hoje que não
tem sido bom para a democracia brasileira o expediente da reeleição”.
O peso do Nordeste na
reeleição da presidente Dilma Rousseff foi lembrado pelo presidente estadual do
Democratas, que cobrou do governo petista uma política de desenvolvimento para
a região e investimento na melhoria da educação dos nordestinos. “O Nordeste
não pode ser mantido apenas com Bolsa Família. Os nordestinos merecem muito
mais. O problema é que o PT não tem muito interesse nisso para não perder o
voto”.
Aleluia esclareceu que não
há nenhuma conversa em torno da fusão do Democratas com outros partidos. “Fusão
significa abertura de porta à infidelidade para quem quer ir pro governo. Não
existe esta história de que os partidos mantém a totalidade de suas bancadas
numa fusão. Para evitar essa evasão, no Congresso, há a ferramenta do ‘bloco
parlamentar’ que permite a construção de alianças, preservando os partidos”.
ASCOM Democratas
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