Por maioria absoluta de
votos [15 a 2], a Executiva do PSOL decidiu liberar seus filiados e não apoiar
qualquer candidatura no segundo turno das eleições presidenciais. Mesmo sem
declarar apoio à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, o partido vai recomendar
aos militantes que não votem no candidato do PSDB, Aécio Neves. “Não é cabível
qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura”, diz documento do Psol
sobre o tucano.
“O partido não está se
posicionando em favor de nenhuma candidatura, mas é contra a de Aécio”, afirmou
Luciana Genro, que disputou a Presidência da República pelo Psol e ficou em
quarto lugar, com mais de 1,6 milhão de votos. Em entrevista na tarde de hoje
(8), Luciana disse que não é uma posição totalmente neutra, porque, embora não
se alinhe a qualquer dessas opções, nega o voto em Aécio.
A ex-deputada gaúcha
acrescentou que, em respeito à posição do partido, não vai declarar de que
forma pretende votar no segundo turno: se em Dilma, branco ou nulo. Segundo
Luciana, os militantes e eleitores do Psol deverão votar nulo ou em Dilma, mas
o partido não se manifestará. “Isso será decisão de cada um.” Para ela, o Psol
não tem nada em comum com Aécio Neves, “que representa um retrocesso”. Por
isso, considera a neutralidade necessária. Segundo o presidente do partido,
Luiz Araújo, o PT não fez contato com o Psol para pedir ou negociar apoio para
o segundo turno. “Faz tempo que não conversamos com o PT”, disse Araújo, na
entrevista. De acordo com Luciana Genro, o Psol pretende continuar na oposição
aos dois partidos e não pretende abrir negociação com o PT.
Sobre a possibilidade de
voltar a disputar a Presidência da República, em 2018, a ex-deputada disse que
está à disposição do partido para qualquer missão. “Vou continuar a minha
atividade política e, se for chamada em 2018 para ser candidata à Presidência,
assumirei essa tarefa com muita alegria”, afirmou.
Escreve Congresso em Foco
Nenhum comentário:
Postar um comentário