O deputado federal Beto
Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou que não é
sincera a disposição da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de dialogar com
todas as forças políticas. "Se fosse para pedir desculpas pelas mentiras e
calúnias, pelas inverdades que foram desferidas a nós ao longo da campanha, até
valeria a pena sentar e conversar, mas não acredito que seja sincero por parte
da Dilma esse tipo de manifestação. Acho que ela tem de tratar de governar com
seus aliados e cumprir as suas tarefas", afirmou em entrevista, antes de
participar de reunião do diretório estadual do PSB, na capital gaúcha. Na
ocasião, ele foi presidente do PSB gaúcho.
O deputado gaúcho, que foi
candidato a vice na chapa de Marina Silva, é o atual líder do seu partido na
Câmara, mas ficará sem mandato a partir de janeiro. Provavelmente, participará
da administração do governador eleito no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori
(PMDB), aliado do PSB no Estado. Beto se disse surpreso pela informação de que
o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estaria entre os nomes
defendidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o
Ministério da Fazenda no novo mandato de Dilma, conforme reportagens publicadas
nos últimos dias. "Afinal, éramos nós que tínhamos a proposta de entregar
o governo aos bancos? Ou é o PT que depois da eleição volta a se encontrar com
os bancos, que foram os que mais ganharam dinheiro ao longo dos 12 anos de
governo petista", questionou.
De acordo com o parlamentar,
não faz sentido pensar em uma proposta de diálogo com um partido que muda de
opinião "tão rapidamente". Beto reforçou que, nos próximos quatro
anos, o PSB fará oposição com a cara do partido. "Não vamos misturar o
nosso movimento de oposição ao PSDB, ao DEM, que têm outro propósito, embora
tenham recebido nosso apoio no segundo turno. Fôssemos iguais e pensássemos
iguais, teríamos estado juntos no primeiro turno", explicou.
Escreve Agencia Estado
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