coordenador financeiro da
campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, Edinho Silva,
classificou o embate eleitoral no segundo turno entre a petista e o candidato
da oposição, Aécio Neves (PSDB), como "uma guerra" e "um vale tudo"
numa referência ao uso, pelo tucano, da divulgação de depoimentos do ex-diretor
de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef
- os quais apontaram propinas pagas por empreiteiras em obras da Petrobras ao
PT, PMDB e PP - partidos da base aliada do governo.
Silva engrossou o coro da
própria presidente Dilma, que, na sexta-feira, 10 comparou a divulgação dos
depoimentos em plena campanha do segundo turno a um "golpe".
"Chegamos ao nível de manipulação de informação que só foi visto na eleição
do (ex-presidente, Fernando) Collor em 1989", disse o coordenador, numa
referência aos ataques feitos à época ao então candidato Luiz Inácio Lula da
Silva, adversário de Collor, hoje senador reeleito por Alagoas e integrante da
base aliada da Dilma.
"Abriu-se uma guerra e
temos de enfrentá-la, pois estão criando um vale tudo sem precedentes e o
exemplo disso é como o depoimento (de Costa e Youssef) foi parar na
imprensa", afirmou.
Ainda segundo Silva, "a
OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Procuradoria Geral da República
deveriam se posicionar" sobre a divulgação e o uso das denúncias
envolvendo a Petrobras e o governo pela oposição. "Caso contrário, vai se
criando um padrão de manipulação perigoso para todas as próximas eleições. Fico
preocupado com o que vai acontecer com o futuro eleitoral", concluiu.
Poder & Política
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