Inflação em alta beirando
perigosamente o teto da meta, tombo nos investimentos, recuo da indústria e
crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. O cenário não poderia
ser mais negativo neste ano de eleições, mas foi essa a fotografia atual da
economia brasileira do último ano de governo da presidente Dilma Rousseff
apresentada ontem pelo próprio Banco Central no Relatório Trimestral de
Inflação. Pelas novas projeções do BC, o IPCA – índice oficial – deverá fechar
o ano em 6,4%, próximo do teto de 6,5% fixado pelo governo. A projeção de alta
para 2014 subiu 0,3 ponto porcentual em três meses, de março a junho, e o risco
de estouro do teto da meta é hoje de 46%.
O Banco Central rebaixou
severamente a projeção do crescimento da indústria neste ano. A autoridade
monetária, que antes previa um avanço de 1,5% para o produto da indústria
brasileira, acredita agora que haverá uma retração de 0,4% em 2014. Outro
rebaixamento foi nas expectativas para a evolução da capacidade produtiva no
país. Para o BC, o investimento, medido como formação bruta de capital fixo,
deve recuar 2,4% em 2014. Antes, a autoridade monetária acreditava que haveria
um avanço de 1%. Com a nova previsão, mais uma vez o BC adia a entrega da
inflação no centro meta de 4,5% depois de a presidente prometer por três anos
que o IPCA iria convergir para o objetivo oficial. O BC sinalizou que o
processo de convergência será mais longo ao mostrar que a inflação vai
continuar elevada e bem acima do teto da meta até o final do primeiro semestre
de 2016. A projeção de IPCA mais longa é de 5,1% para junho de 2016.
Em relação ao crescimento da
economia, o Banco Central prevê no relatório que o Produto Interno Bruto (PIB),
a soma de todos os bens e serviços produzidos, deve apresentar expansão de 1,6%
neste ano, ante a previsão anterior de 2%.
ASCOM Força Sindical
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