Terminou sem acordo a
reunião entre a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da
Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo) e a bancada patronal do
G3 (que reúne setores de autopeças, parafusos e forjaria), que melhorou sua
proposta salarial, mas não o suficiente para atender o que pleiteiam os
trabalhadores.
Os representantes dos
empresários ofereceram 6,35% de reajuste, que é a reposição da inflação pelo INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para o período de 12 meses até a
data-base da categoria (1º de setembro). “Não vamos fazer acordo sem aumento
real (acima da taxa inflacionária)”, disse o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir
Marques, o Biro-Biro. A proposta foi rejeitada na mesa de negociação.
Segundo o presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, embora não tenha contemplado
o que a categoria quer, houve um avanço. Isso porque, na rodada anterior, na
semana passada, o setor patronal do G3, depois de ficar mais de um mês sem se
dispor a negociar, havia apresentado 5,5% de aumento, que não repunha nem o
INPC.
“Vamos intensificar as
mobilizações”, disse Biro-Biro. Ele assinala que, apesar de ter entregado aviso
de greve na semana passada, a ideia é continuar os atrasos na entrada dos
empregados nas fábricas e outras mobilizações. “Não adianta tentar fazer greve
geral, porque não temos perna para parar toda a base”, assinalou. No Grande
ABC, houve, na segunda-feira, paralisação por duas horas em duas fábricas de
Diadema, na Resil e na Conipost. Segundo a FEM-CUT/SP, ambas as partes (a
representação de trabalhadores e empresários de autopeças) combinaram de se
encontrar novamente na semana que vem, mas o setor patronal ficou de informar a
data exata da reunião.
Ontem à tarde, também foram
retomadas as conversas com representantes do G8 (que inclui setores de
trefilação, laminação, refrigeração e outros), que ofereceram igualmente
reajuste de 6,35% – e que, da mesma maneira, foi recusado na mesa de
negociações. Hoje haverá reunião com G2 (máquinas e eletrônicos) e amanhã será
a vez do setor de fundição.
ASCOM Força Sindical
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