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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PT faz política do século passado



Em entrevista ao Congresso em Foco, candidato do PV diz que seu ex-partido está preso ao século 20 ao tratar o petróleo e a indústria automobilística como “carros-chefes” da economia nacional. O candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, era o líder da bancada do PT na Câmara, em 1992, quando o ex-presidente Fernando Collor sofreu o processo de impeachment e a legenda era oposição. Um dos fundadores do PT, ele também estava entre os parlamentares constituintes que, nos anos 1980, ajudaram a elaborar a atual Constituição de 1988. Anos depois, exerceu as funções de secretário municipal de Saúde de São Paulo, nas gestões petistas de Luiza Erundina (1989-1990) e Marta Suplicy (2001-2002). Após trocar o PT pelo PV, foi secretário municipal de Meio Ambiente do tucano José Serra (2005-2006) e de Gilberto Kassab (2006-2012), ex-DEM, hoje no PSD. E é assim, com a experiência da pluralidade partidária, que ele não hesita em classificar como arcaica a política do PT no poder.
Na primeira da série de entrevistas que o Congresso em Foco publicará nos próximos dias com os candidatos à Presidência da República, Eduardo Jorge falou por pouco mais de uma hora (assista abaixo a parte da entrevista e clique aqui para ler a íntegra). Reclamando do pouco espaço que tem no horário eleitoral, demonstrou contrariedade em relação a diversas questões da política no Brasil sob o comando de seu ex-partido – como as recentes medidas de desoneração fiscal para a indústria automobilística como forma de incentivar o consumo.
“Totalmente errado. Isso é um absurdo! Uma coisa inacreditável que um partido, em alguns aspectos tão modernos, não leia que o mundo está sendo ameaçado pelo aquecimento global, a maior ameaça que a humanidade já teve que enfrentar. Não é possível que a direção do PT não leia jornal, não assista às conferências da ONU. Você apostar todas as fichas no petróleo e na indústria automobilística como os dois carros-chefes da economia nacional… Parece que isso está na genética do PT, né?”, disse o médico sanitarista por formação. “O PT, nesse ponto, é um partido do século 20. Petróleo, automóvel… Com a liderança que o PT tem, seria importantíssimo que ele dissesse para o povo a gravidade que é o aquecimento global.”


Escreve Congresso em Foco

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