Marina Silva continua a
subir nas sondagens e com ela aumenta também o medo do PT e do PSDB.
Confrontados com esta nova variável nas eleições presidenciais, os dois
partidos dominantes do Brasil procuram agora alternativas à campanha que,
aparentemente, não trará os melhores resultados. De vice-presidente de chapa a
líder do Brasil, é esta a expectativa que envolve Marina Silva nas últimas
sondagens da Datafolha. Empatada com Dilma Rousseff no primeiro turno e a
vitoriosa no segundo, a antiga senadora tem na mão as chaves do Planalto. Esta
subida não passa despercebida ao PT e PSDB que escolhem adotar novas
estratégias.
De acordo com o Globo, Aécio
Neves estará agora na ofensiva, tentando recuperar alguns votos “roubados” por
Marina. É esperado que o tucano passe para o ataque, forjando assim um
confronto mais duro contra a representante do PSB. Os integrantes da equipe de
antigo governador se assustaram com a queda de 20% para 15% nas intenções de
voto. No entanto, os tucanos tentarão não passar uma imagem de desespero,
avaliando que ainda falta um mês para que muita coisa possa vir à tona.
“Abala sim, mas não tem
desespero. É uma onda semelhante à do Collor. Se ela for eleita, se essa onde
vier, teremos feito a nossa parte. É uma onda emocional, irracional. Ainda tem
tempo até a eleição, muita coisa ainda pode aparecer”, disse um aliado de
Aécio. Dilma, por sua vez, vai ficar fora das quatro linhas, deixando os dois
políticos se gladiando, tentando depois colher os frutos. Quando questionada
sobre se iria tentar enfrentar Marina, a petista desconversou, não dando uma
resposta direta. “Pretendo discutir as minhas propostas. Se ensejarem
cotejamento dos outros candidatos é uma consequência”, afirmou Dilma.
Esta é uma mudança de
estratégia para o PT que, repetidamente, tem vindo a atacar a nova concorrente
à Presidência da Républica. Tanto Dilma, como o seu vice Michel Temer, vieram a
público na última semana ao colocar Marina debaixo de mira, disparando críticas
e acusações. “Não muda a estratégia em si, mas é evidente que se consolidar a
situação (de queda) do Aécio, o adversário para valer passa a ser Marina. O
debate talvez seja um aperitivo do que será feito. Nós vamos trabalhar um
processo de esclarecimento das contradições nas candidaturas dos adversários”,
revelou Luiz Marinho, um dos coordenadores da campanha, admitindo a mudança.
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