A entidade que apoia e
defende os direitos dos homossexuais disse que foi apanhada de surpresa com a
promessa de Dilma Rousseff (PT) em criminalizar a homofobia uma vez que, em
quatro anos, não se mobilizou para aprovar a lei 122/06, que faz isso mesmo.
Apesar da promessa de apoio
à causa gay, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais
(ABGLT) está desconfiada das intenções do governo. De acordo com a entidade, a
promessa de apoio de Dilma na aprovação da lei que criminaliza a homofobia
surge num momento oportuno. Talvez porque a sua principal adversária na corrida
presidencial, Marina Silva (PSB), terá recuado na promessa de apoiar os
movimentos de direitos dos homossexuais, principalmente na aprovação do
casamento civl gay. A ex-senadora terá lançado a promessa junto do seu programa
de governo, sendo este corrigido logo na manhã seguinte, retirando o apoio ao
movimento gay.
Segundo a ABGLT, em quatro
anos Dilma Rousseff nada fez para mobilizar a aprovação do projeto de lei
122/06 que atribui punição a atos de descriminação com base na orientação
sexual, da mesma forma que a descriminação racial, de cor, etnia, nacionalidade
e religião é punida.
O governo terá ainda enviado
um documento à entidade, mostrando o que fez pelos direitos dos homossexuais
mas, para a ABGLT, faltou os pontos mais importantes: o casamento civil gay e a
criminalização da homofobia.
“Não dá para negar que o
governo desenvolveu algumas ações. Mas também não dá para negar que poderia ter
feito muito mais. As nossas duas principais reivindicações, a criminalização da
homofobia e o casamento civil igualitário ficaram de fora das ações do
governo”, afirmou o presidente da ABGLT, Carlos Mago, que acrescentou: “Para
mim foram duas derrotas para o movimento”.
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