A chegada da presidente
Dilma Rousseff, acompanhada do ex-presidente Lula, do ministro Aloizio
Mercadante e do candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha, todos do
PT, ao velório de Eduardo Campos, em Recife, neste domingo, 17 de agosto, foi
marcada por vaias da população e gritos de "Fora PT". Em seguida,
familiares de Eduardo puxaram aplausos. Em outro momento, quando Dilma apareceu
em um telão, o público voltou a vaiar.
As vaias repercutiram entre
as autoridades presentes. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), atual aliado
de Eduardo Campos e candidato a deputado federal, disse que as vaias do público
dirigidas à presidente Dilma Rousseff foram "justificadas". "Ela
não tinha nada que vir aqui. É falso, ela não gostava mais de Eduardo",
disse Jarbas. "Eu não faria isso, mandaria uma coroa de flores".
O presidente do PPS,
deputado Roberto Freire (SP), disse que as vaias à presidente Dilma Rousseff no
velório de Eduardo Campos refletem a indignação da população. "O povo está
indignado. Pediram até para tirar a coroa de flores [enviada por Dilma]",
afirmou. Freire prevê o crescimento do movimento anti-governo nos próximos
dias. "Ele era um crítico ao governo mais contundente que Aécio Neves,
candidato do PSDB. E isso vai ficar. As pessoas não o conheciam e querem saber
agora o que o Eduardo pensava", comentou.
A presidente Dilma Rousseff
e o ex-presidente Lula deixaram o Palácio Campo das Princesas, onde foi
realizada a cerimônia, sem comentar as vaias do público à Dilma. Lula alegou
que não era momento para falar sobre o assunto.
Escreve Correio Braziliense
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