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sexta-feira, 4 de julho de 2014

OCDE prevê desaceleração e mais desigualdade



Numa projeção do que poderia ser o mundo dentro de 50 anos, a OCDE aponta desaceleração do crescimento econômico mundial e mais desigualdade salarial. O equilíbrio da economia mundial continuará virando em direção aos emergentes, particularmente aqueles da Ásia. O crescimento será mais sustentável nos emergentes, mas vai desacelerar por causa da gradual exaustão no processo de "catch up" (aproximação) e envelhecimento mais rápido em quase todos os países.
Nesse cenário, o crescimento da economia mundial, de 3,6% entre 2010 e 2020, baixaria para 2,4% entre 2050 e 2060. A inovação e o investimento no conhecimento serão os principais motores da expansão econômica. Mas a OCDE estima que, se as emissões de CO2 não diminuírem, a mudança climática poderá provocar baixa do PIB global de 1,5% até 2060, e de quase 6% na Ásia.
Com o progresso técnico, a demanda por trabalhadores altamente qualificados aumentará. A diminuição na diferença de renda entre ricos e emergentes vai reduzir o número de candidatos à emigração para os desenvolvidos. A isso, soma-se tensão demográfica por causa do envelhecimento. Essa dupla situação poderá provocar redução da mão de obra de 20% nos EUA e de 15% na zona do euro em relação aos níveis atuais. O crescimento da demanda global por trabalhadores altamente qualificados pode resultar nas próximas décadas num aumento de 30% da desigualdade salarial em países médios do bloco dos ricos. Ou seja, sem mudanças de políticas, os países desenvolvidos poderão enfrentar nas próximas décadas um aumento da desigualdade de renda que poderá ficar próximo do nível atual dos EUA, uma situação que compromete o crescimento econômico.
ASCOM Força Sindical



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