Depois do fiasco da seleção
brasileira na Copa do Mundo, que selou a saída de toda a comissão técnica e
ensejou o fortalecimento de um sentimento de mudança no futebol nacional, à
cúpula da CBF concedeu uma aguardada entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira.
E anunciou a escolha de Gilmar Rinaldi, ex-goleiro tetracampeão em 1994, como
coordenador geral da Seleção. Assim que sentou à mesa para falar à imprensa, o
presidente José Maria Marin passou a palavra a Alexandre Gallo, coordenador
técnico das categorias de base da Seleção. O ex-comandante alvirrubro falou
sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido desde quando assumiu o cargo, há
cerca de um ano e meio, e defendeu a integração entre as seleções sub-20 e a
olímpica, com a participação também dos jogadores da principal.
Gallo citou como exemplo o
trabalho do algoz brasileiro na última Copa, a Alemanha. De acordo com o
coordenador, os alemães já têm uma larga base preparada para o Mundial da
Rússia, em 2018. “A Alemanha, hoje, já tem 20 atletas em condições de disputar
o mundial 2018. Isso é um trabalho de médio prazo”, afirmou. Após o discurso de
Gallo, Marin pediu novamente a palavra para apresentar seu novo coordenador
geral, que vinha trabalhando como agente de jogadores. Primeiramente, Gilmar ressaltou
que está largando sua atividade de empresário e passará a se ocupar unicamente
com o desenvolvimento do futebol nacional. “Larguei a atividade de agente de
jogadores, e me dedico exclusivamente à Seleção. Estou voltando a casa”,
declarou.
Provavelmente inspirado na
evolução do futebol que destruiu o Brasil no Mineirão, Gilmar repetiu várias
vezes que idealiza um futebol mais coletivo sendo praticado na Seleção. Algo
que vai de encontro à tradição histórica da Canarinha, na qual o talento
individual quase sempre prevaleceu. E falou que se incomodou com o que ocorreu
antes do jogo contra a Alemanha, quando alguns jogadores usaram um boné com a
‘hashtag’ #ForçaNeymar. Segundo Rinaldi, os jogadores deviam ter dado mais
força a quem estava entrando. “O boné deveria ter um #ForçaBernard, ou qualquer
outro jogador que estivesse entrando no time”. Por fim, o novo coordenador
afirmou que vai tentar convidar a comissão técnica que acaba de deixar o
comando da Seleção para dialogar sobre o futuro do futebol brasileiro. “Vou
procurar conversar com as pessoas que saíram todos eles têm muita coisa a
ajudar nesse momento, e eu vou buscar essa ajuda. Eles podem não estar mais
aqui trabalhando, mas esse é o país deles, que eles amam”, pontuou.
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