A queda do helicóptero em
que estava o ex-jogador do Inter Fernandão (Fernando Lúcio da Costa) ocorreu
logo após a decolagem às margens do Rio Araguaia, interior de Goiás. O Corpo de
Bombeiros de Aruanã, que resgatou Fernandão e mais quatro pessoas na madrugada
deste sábado, confirma que a aeronave modelo Esquilo caiu cerca de 300 metros
depois de decolar, em uma praia de água doce. Com o choque, o helicóptero se
partiu em dois – a cabine e a cauda foram jogadas na areia. O acidente
aconteceu por volta de 1h30min, e o resgate do ex-atleta ocorreu duas horas
depois. Não dá para precisar ainda os motivos do acidente, mas é certo que
houve perda de sustentabilidade do helicóptero, que desabou instante depois de
decolar. O tempo estava bom, não havia adversidades climáticas. Os destroços
(da aeronave Esquilo, prefixo PT-YJJ, com capacidade para cinco pessoas)
ficaram espalhados pela praia – relata o sargento dos Bombeiros Cristiano
Oliveira, que foi ao local e retirou Fernandão dos destroços.
Oliveira informou que
Fernandão estava inconsciente e tinha muitas dificuldades para respirar. Ele
tentou reanimá-lo, mas diante da gravidade da situação, acabou encaminhando ao
hospital da cidade o ex-jogador do Inter, que não resistiu. A aeronave,
registrada em nome de um empresário de Goiânia, dono de uma concessionária de
máquinas agrícolas, não explodiu. Os tripulantes tinham múltiplas fraturas
quando foram localizados. A investigação das causas do acidente será feita pelo
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Conforme
a Polícia Militar de Aruanã, havia pessoas acampadas nas proximidades, já que o
local é turístico e procurado pelos moradores da região a partir de junho,
quando o nível de água do Araguaia diminui. Segundo os bombeiros de Aruanã, as
outras vítimas são o coronel da Polícia Militar Milton Ananias, Lindomar Mendes
Vieira, Antônio de Pádua e Edmilson de Souza. Fernandão nasceu em Goiânia e foi
revelado pelo Goiás. Mas foi no Inter que ele viveu suas maiores glórias,
conquistando a Libertadores da América e o Mundial em 2006, como capitão da
equipe de Abel Braga.
Foram quase cinco anos de
identificação com a torcida e gols emblemáticos, como o da estreia, em 10 de
julho de 2004, no Gre-Nal do gol 1.000, de sua autoria. Neste ano, Fernandão
foi um dos mestres de cerimônia da reabertura do Beira-Rio, no dia 5 de abril.
Anos antes, ele e o então goleiro Clemer comandaram a festa do Mundial,
cantando junto com um Beira-Rio lotado. Sua última equipe foi o São Paulo, em
2011. Fernandão jogou ainda no Olympique de Marselha e Toulouse, na França, e o
Al-Gharafa, no Catar. Ele também treinou o Inter em 2012, e agora se preparava
para comentar a Copa do Mundo pelo SporTV.
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