A cidade de São José de
Piranhas mostra os dois lados de um Brasil que, ora avança ora retrocede. Se na
praça central todos têm acesso grátis à internet, mostrando inovação, em
comunidades próximas os moradores estão enfrentando uma crónica. São os dois
lados que mostram estados de evolução opostos. Por um lado todos os moradores
têm acesso à internet em plena praça da cidade de São José de Piranhas,
localizada a 400 km da capital João Pessoa, em Paraíba.
Visitada ainda na passada
terça-feira pela presidenta Dilma Rousseff, em ocasião da inauguração do túnel
da obra inacabada da Transposição do rio São Francisco e alvo de vários
programas de inovação, durante o governo atual e o de Lula da Silva, a cidade
mostrou avanços significativos nos últimos anos. Mas a falta de um bem
essencial e básico mostra um retrocesso na vida dos moradores. Aqui, a falta de
água obriga ao racionamento e moradores tomam banho através de baldes, em
comunidades apenas a 10 km de distância do centro da cidade.
No espaço de dez anos, São
José de Piranhas recebeu retroescavadeiras, caminhões caçamba e caminhões-pipa,
assim como uma frota de ônibus escolares, um Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), uma creche, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), dois
profissionais do Mais Médicos, 132 banheiros públicos e 15 escolas equipadas
para ensino de informática. No entanto, a poucos quilômetros desta inovação, o
banho é feito através de balde e os homens não têm trabalho no campo uma vez
que as plantações secaram todas. A água é transportada em latas e as mulheres
percorrem quilômetros para poder lavar a roupa em comunidades vizinhas,
escreve o Estadão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário