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terça-feira, 6 de maio de 2014

Heraldo diz que corpos no Iperba são retrato da saúde

 

O vice-presidente estadual do Democratas, Heraldo Rocha, protestou hoje contra a forma com que, segundo ele, o estado vem tratando a saúde, usando como exemplo o “descaso da direção do Instituto de Perinatalogia da Bahia (Iperba), em Brotas, com os natimortos ou neomortos”. Estima-se que o instituto acumule entre 30 e 40 corpos em seu necrotério, sem informar quantos corpos abriga no local. “Esse é o retrato do descaso do governo com a Saúde. Um problema grave destes e a direção da unidade sequer sabe quantos corpos abriga. É um completo desrespeito às famílias baianas que procuram a entidade”, reclamou Heraldo. Para o corregedor geral de Justiça, José Olegário Monção Caldas, ”o caso só foi descoberto porque a Corregedoria de Justiça do Estado mandou apurar”. O número de corpos terá que ser levantado pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) e pela 1ª Vara da Infância e da Juventude, que foram comunicados do fato pelo próprio corregedor. É possível que a direção da maternidade e, em última instância, o governo estadual, venham a responder por infração administrativa, assim como, em tese, pelo crime de vilipêndio de cadáveres (artigo 212 do Código Penal), que prevê detenção de um a três anos e multa ao infrator. Por força de questões legais, a Corregedoria de Justiça solicitou a intervenção do MP-BA da 1ª Vara da Infância e Juventude. “É preciso que seja feito o levantamento do número de corpos, quais morreram após o parto e os que nem chegaram a respirar. Não se pode autorizar os sepultamentos sem que isso seja apurado”, ressaltou José Olegário. Apesar de o caso entrar agora em fase de apuração, Olegário ressalta a necessidade de agilização: “O pedido de providências deve ser encaminhado aos órgãos a cada óbito. Não se pode deixar que haja acúmulo de corpos”.

ASCOM Heraldo Rocha

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