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terça-feira, 27 de maio de 2014

Centrais quebram domínio petista ao abrir palanques para Campos e Aécio


Com mais de seis milhões de trabalhadores filiados, as cinco maiores centrais sindicais do País estão divididas em relação à eleição presidencial - diferentemente do que ocorreu em 2010, quando todas apoiaram a petista Dilma Rousseff. Há discordâncias até no interior de cada entidade. Até agora, as três maiores delas - a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já contam com suas cúpulas envolvidas no apoio declarado a Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), respectivamente. O respaldo desse apoio nas bases, porém, não é pleno. O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, argumenta, porém, que os servidores precisam compreender o quadro geral: "Não é possível sustentar esse distanciamento da presidente com o movimento sindical em um segundo mandato, mas, para nós, é indiscutível que Dilma encarna o melhor projeto para os trabalhadores brasileiros", defende. "Eles (os servidores) ganharam muito com Lula, é verdade, mas o que perderam com Dilma? Nada. O País é muito maior que a Condsef, a CUT e todo o movimento sindical, e isso precisa ser pensado na hora do voto".
A Força Sindical também tem discordâncias internas sobre a sucessão. Segunda maior central do País, com 1,6 mil sindicatos e pouco mais de 1 milhão de filiados, seu principal líder, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), concedeu apoio formal de seu partido, o Solidariedade, para a campanha de Aécio Neves (PSDB). E sugeriu o nome de Miguel Torres, seu sucessor tanto na presidência da Força Sindical quanto no poderoso Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para vice de Aécio. "Em 2010, a Força esteve fortemente com Dilma, porque acreditávamos que haveria uma continuidade", disse Torres. "Lula conversava com as centrais, e chamava para falar e ouvir, mesmo quando fosse para negar uma proposta nossa. Dilma não recebe, e não fez política econômica boa. Os trabalhadores perderam poder de compra por causa da inflação."
"houve uma estagnação do projeto trabalhista no governo Dilma". O apoio a Eduardo Campos tem sido crescente no movimento sindical, que renega "os anos de desemprego do PSDB de Aécio, e o atraso que é Dilma".

ASCOM Força Sindical

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