Com mais de seis milhões de
trabalhadores filiados, as cinco maiores centrais sindicais do País estão
divididas em relação à eleição presidencial - diferentemente do que ocorreu em
2010, quando todas apoiaram a petista Dilma Rousseff. Há discordâncias até no
interior de cada entidade. Até agora, as três maiores delas - a Central Única
dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores
(UGT) - já contam com suas cúpulas envolvidas no apoio declarado a Dilma
Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), respectivamente. O
respaldo desse apoio nas bases, porém, não é pleno. O presidente da CUT em São
Paulo, Adi dos Santos, argumenta, porém, que os servidores precisam compreender
o quadro geral: "Não é possível sustentar esse distanciamento da
presidente com o movimento sindical em um segundo mandato, mas, para nós, é
indiscutível que Dilma encarna o melhor projeto para os trabalhadores
brasileiros", defende. "Eles (os servidores) ganharam muito com Lula,
é verdade, mas o que perderam com Dilma? Nada. O País é muito maior que a
Condsef, a CUT e todo o movimento sindical, e isso precisa ser pensado na hora
do voto".
A Força Sindical também tem
discordâncias internas sobre a sucessão. Segunda maior central do País, com 1,6
mil sindicatos e pouco mais de 1 milhão de filiados, seu principal líder, o
deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), concedeu apoio formal de
seu partido, o Solidariedade, para a campanha de Aécio Neves (PSDB). E sugeriu
o nome de Miguel Torres, seu sucessor tanto na presidência da Força Sindical
quanto no poderoso Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para vice de Aécio.
"Em 2010, a Força esteve fortemente com Dilma, porque acreditávamos que
haveria uma continuidade", disse Torres. "Lula conversava com as
centrais, e chamava para falar e ouvir, mesmo quando fosse para negar uma
proposta nossa. Dilma não recebe, e não fez política econômica boa. Os
trabalhadores perderam poder de compra por causa da inflação."
"houve uma estagnação
do projeto trabalhista no governo Dilma". O apoio a Eduardo Campos tem
sido crescente no movimento sindical, que renega "os anos de desemprego do
PSDB de Aécio, e o atraso que é Dilma".
ASCOM Força Sindical
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