A insatisfação com a
condução política do governo Dilma afastou mais um partido da base aliada. Nesta quarta-feira (12), o PSC decidiu
tornar-se bancada “independente” em relação ao Planalto. Não vai mais enviar representantes
às reuniões da base governista na Câmara e no Senado, o que, na prática,
significa um desembarque da aliança com o PT. “Não haverá oposição pela
oposição. Se o governo entender que deve nos convidar, vamos estar à
disposição”, disse o líder do partido na Câmara, André Moura (SE). Até então o
PSC era presença certa nos encontros. “Ninguém quer saber da Dilma, não, a
gente quer cair fora”, explicitou outro deputado do PSC.
Hoje, a bancada do partido
no Congresso, formada por 14 deputados e um senador, debateu a portas fechadas
os problemas da aliança por cerca de uma hora. O líder André Moura adota uma
postura amistosa, mas deputados do PSC dizem que a intenção é romper com Dilma.
Eles afirmam, no entanto, que a posição não tem qualquer relação com a
declaração de “independência” do PMDB.
O PSC faz parte do chamado
blocão, liderado pelo PMDB e outros partidos que se declaram agora
independentes em relação ao governo Dilma, como o PR e o PTB. Ontem (11) a
bancada na Câmara já fez coro com a oposição, ao votar a favor da criação da
comissão externa que vai apurar denúncias de corrupção envolvendo funcionários
da Petrobras.
Outra atitude que demonstra
a insatisfação é a pretensão do partido de lançar o deputado Marco Feliciano,
como candidato a presidente da republica.
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