A médica cubana Ramona Matos
Rodriguez, que abandonou o Mais Médicos alegando descontentamento com seu
salário, será desligada do programa do governo federal e deve ser substituída
já nesta quinta-feira (6), afirmou o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro. O
chefe da pasta informou que os valores da remuneração assim como as demais
questões contratuais foram acertados entre a Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas) e o governo de Cuba. “Os termos da relação de participação são da Opas
com o governo de Cuba”, disse o titular, ao ser questionado sobre a afirmação
de seu antecessor, Alexandre Padilha, de que um integrante do Mais Médicos não
ganharia menos que um enfermeiro do programa Saúde da Família. Ramona, de 51
anos, diz ter se sentido enganada quando soube que profissionais de outras
nacionalidades ganhariam R$ 10 mil, enquanto ela ficaria com US$ 1 mil. Do
montante, receberia apenas US$ 400 (cerca de R$ 960) por mês no Brasil,
enquanto os outros US$ 600 (R$ 1.450) seriam enviados para uma conta em Cuba e
só poderiam ser sacados no fim dos trabalhos. O governo repassa cerca de R$ 10
mil a Opas por trabalhador estrangeiro contratado. Em entrevista coletiva,
Chioro tentou minimizar a desistência, ao argumentar que, em um universo de 6,6
mil médicos, apenas 80 deixaram o projeto. Segundo ele, 22 cubanos voltaram
para o país de origem, 17 por problemas de saúde (dois caíram do telhado) e
outros cinco por motivos pessoais – todos substituídos, segundo a pasta.
Bahia Noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário