Se a taxa média fosse de
140% ao ano, dividida pela carteira e descontando a inadimplência, o juro total
cairia para 30% ao ano. Mas não é possível saber qual é a média cobrada, nem se
os juros vêm subindo, porque o BC não tem esse acompanhamento. Os bancos
tampouco divulgam essa informação e se restringem a prestá-las apenas nas
faturas de seus clientes. Uma pesquisa recente do Proteste mostra que o
Santander tem os juros mais altos do cartão de crédito, mas não é o único a ter
taxas tão elevadas. Basta reunir as faturas de diferentes clientes de
diferentes bancos para constatar que os outros grandes bancos privados -
Bradesco, HSBC e Itaú Unibanco - têm juros acima de 400% ao ano. É mais que o
dobro do juro médio do cheque especial, acompanhado pelo BC. Os bancos,
entretanto, não falam do assunto. Todos foram procurados e enviaram apenas
notas informando que cobram juros compatíveis com os riscos e que oferecem
opções aos clientes. O Bradesco disse apenas que não comentaria. O Santander,
que tem todos os seus cartões com juros acima de 400% ao ano, reforçou que
propõe alternativas ao crédito rotativo com juros baixos. Nem mesmo o Banco do
Brasil, que tem um dos juros mais baixos - segundo a Proteste, 107% ao ano -
fala sobre o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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