Segundo Geraldo da Costa
Leal no seu livro "Pergunte ao seu avô - Histórias de Salvador, cidade da
Bahia" de 1996, a capital baiana guarda muitas curiosidades carnavalescas.
O primeiro samba de Carnaval foi lançado por Ernesto Simões conhecido como
Donga, filho de baianos. Foi o maxixe “Pelo telefone” criado em 1917. Mas bem
antes, as festividades carnavalescas já estavam consolidadas com muitas Caretas
e blocos como: O Oguchó, Os Sírios, O Camarão Ambulante, Baratas em Folia,
Mudança da Sé e Bloco dos Pamonhas.
Nas ruas, as cadeiras de
vime e jacarandá eram amarradas para que as pessoas pudessem ver os desfiles
dos clubes Fantoches da Euterpe, Cruz Vermelha e Inocente em Progresso. Esse
desfile costumava acontecer no domingo e terça a partir das 18 horas e às 23
horas já estavam de volta às suas sedes.
Após esse desfile, os clubes
ofereciam aos seus associados bailes carnavalescos. Já a segunda-feira era
fraca, tendo apenas alguns mascarados circulando. O clube Comercial, Casa
D´Itália e as academias de dança Iara e Mululo também abriam suas portas.
Os cinemas Jandaia, Liceu e
Belvedere da Sé também. Pouco tempo depois o Carnaval dessa época também tinha
dois circuitos como hoje. Na Barra as festas aconteciam no Bahiano de Tênis,
Associação Atlética da Barra e Yacht Clube. O Palmeira era outro clube que
funcionava na Barra, frequentado por trabalhadores.
Isso sem falar no Carnaval
nos bairros do subúrbio como Itapagipe, Santa Cruz e Periperi.
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