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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PT e PSB abrem guerra virtual na disputa pelo Planalto parte ll


Tempestade?. Em conversas reservadas, petistas cotados para integrar a coordenação da campanha de Dilma à reeleição dizem que Campos está fazendo uma "tempestade em copo d?água" com o texto divulgado na terça para tentar polarizar com o PT. "Não temos de criar crise onde não tem", afirmou o deputado José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara. Oficialmente, os petistas dizem que o texto que chama Campos de "tolo", "playboy mimado" e político "sem projeto" foi escrito pela equipe do Facebook e "não representa a posição oficial do partido". "O problema é a forma do texto que não é do PT nem foi assinado pelo PT. Mas acho que não se deve dar o valor que está se dando", afirmou o secretário nacional de Organização petista, Florisvaldo Souza.
Dilma orientou ministros do PT a não entrarem nessa discussão, que, no diagnóstico do Planalto, só interessa ao próprio governador. Antes de Campos entregar os dois ministérios que o PSB controlava no governo Dilma (Portos e Integração Nacional), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou convencê-lo a não lançar candidatura agora e esperar a eleição de 2018, quando poderia ter o apoio petista.
"Não faria isso (divulgar o texto com ataques a Campos). Temos de ter uma posição respeitosa com aliados e ex-aliados", avaliou o deputado Vicente Paulo da Silva (SP), que assumirá a liderança do PT na Câmara em fevereiro. "Só acho que Campos não teve paciência e pode estar cometendo um grave erro. Ele poderia, sim, ser o nosso candidato em 2018."
"Eu fui o antídoto contra esse vírus", contou o líder do PSB na Câmara. "Disse ao governador que não se pode confiar no PT." Na nota divulgada ontem no site do PSB, Albuquerque afirmou que a parcela hoje dominante no PT "transformou-se numa seita fundamentalista que ataca qualquer um (...) que discorde (...) da atual condução política e econômica do País e das velhas práticas políticas que se assistem em Brasília". Para ele, fica evidente o "desespero da direção do PT" diante da candidatura do PSB.
Nos bastidores do PT, houve divisão sobre o tom do texto no que se refere às críticas feitas à ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que deve ser vice da chapa liderada por Campos na corrida presidencial. O artigo publicado na página do Facebook petista diz que ela praticou o "adesismo puro e simples" ao ingressar no PSB depois de o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado a criação da Rede Sustentabilidade, transformando-se em "ovo da serpente" no ninho pernambucano.

O Estado de São Paulo 

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