O Campeonato Brasileiro de 2005 ficou marcado pelo escândalo da “Máfia
do Apito”, em que o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho admitiu ter
manipulado 11 jogos. Como consequência, a CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) foi processada pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e
condenada a pagar multa de R$ 20 milhões. Destino semelhante pode ter a edição
2013 do mais importante torneio do futebol do País. Isso porque o MP está
disposto a investigar possíveis fraudes no “caso Héverton”.
Promotor de Justiça do Consumidor do MP-SP, Roberto Senise Lisboa abriu
um inquérito contra CBF e STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O
advogado entende que é da Confederação a responsabilidade pelo fato de a
Portuguesa ter escalado o meia Heverton de forma irregular em partida da última
rodada do campeonato. E não descarta que o caso, que é de âmbito cível, possa
evoluir para o criminal.
“Do ponto de vista criminal a situação é um pouco diferente porque eu
preciso ter um tipo penal na lei que diga que isso é crime. Então eu tenho que
demonstrar que isso constitui, por exemplo, um crime de fraude. Do ponto de
vista cível é mais fácil de tratar a situação porque não é necessário
discutirmos a culpa”, disse Lisboa em entrevista coletiva na última quarta-feira.
A afirmação do promotor veio após ele assegurar que Héverton não poderia ser
considerado irregular no jogo entre Lusa e Grêmio, pois a CBF apenas publicou
em seu site oficial a decisão do julgamento que condenou o atleta a cumprir uma
partida de suspensão no dia seguinte ao duelo. Questionado sobre uma possível
intenção da entidade em provocar o erro que prejudicou a equipe do Canindé,
Lisboa citou a “Máfia do Apito”.
G1.com
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