Um levantamento divulgado
nesta segunda-feira (20) aponta que metade das 97 mil farmácias e drogarias do
Brasil funciona sem farmacêutico responsável em horário integral.
Segundo a pesquisa do
Instituto de Pós-graduação para farmacêuticos (ICTQ), a maioria dos
estabelecimentos não conta com profissionais em certas horas do dia, mas em 10%
dos locais não há técnicos em horário nenhum.
O estudo ainda informa que a
maior parte dos estabelecimentos fica nas regiões norte e nordeste. A Bahia tem
o sétimo pior percentual de farmacêuticos por grupo de dois mil habitantes
(0,82). Piauí, Maranhão e Pará têm os piores índices, com 2.639 lojas sem
farmacêuticos.
A lei de 1973 determina a
presença do farmacêutico durante todo o tempo de funcionamento da farmácia, sob
pena de multas e até interdição do local. O farmacêutico tem, entre outras
obrigações, conferir a receita do médico, orientar o consumidor sobre o remédio
e prescrever medicamentos que não exijam receita médica.
Dos 1.923 usuários
entrevistados, 54% não conseguem diferenciar o farmacêutico do atendente de
balcão. A Associação Brasileira de Farmácias (Abrafarma) aponta um déficit de
ao menos 30 mil profissionais.
Atualmente, há 180 mil
farmacêuticos registrados no país, mas 30% não trabalham em farmácias. Atuam em
laboratórios e unidades de saúde.
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