Além da resistência do PT, a proposta enfrenta "falta de vontade
política". Mesmo oito meses depois da instalação da comissão, o presidente
do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), não indicou substitutos para
cadeiras que ficaram vagas ao longo do tempo nem todos os suplentes. Composta
por 12 parlamentares, além do presidente, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP),
e do relator, Romero Jucá, as reuniões raramente reúnem mais que cinco membros.
Outra proposta em que as centrais usam sua influência no governo para
impedir a aprovação é a que regulamenta a terceirização. Na prática, ela deixa
espaço para a criação de sindicatos formados somente de trabalhadores
terceirizados, o que resultaria em menos poder e dinheiro para as centrais já
estabelecidas. As entidades e o governo alegam que a Constituição só permite a
criação de sindicatos por categoria da atividade econômica ou da profissão. A
estratégia é aprovar o texto em 2014 somente na comissão especial que discute o
tema desde setembro. Depois, a ideia é travá-lo assim que for remetido ao
plenário da Câmara.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, diz que a central não medirá
esforços para continuar tendo sob sua influência os maiores sindicatos. Ele
defende que os terceirizados se filiem aos mesmos sindicatos dos trabalhadores
das empresas contratantes para garantir os mesmos direitos. É o contrário do
que prevê o projeto, que permite que as negociações da contratante com seus
empregados não se apliquem aos terceirizados.
As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
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