“A criação do Memorial Casa
do Rio Vermelho é mais um ‘gol de placa’ da gestão do prefeito ACM Neto com seu
comprometimento na preservação da cultura baiana e incentivo ao turismo em
nossa cidade – ao contrário do governo do Estado, que prometeu investir para a
abertura do memorial de visita pública na apresentação do projeto arquitetônico
no dia 10 de agosto de 2012, data que o escritor baiano Jorge Amado completaria
100 anos se estivesse vivo”, alfineta o vereador Claudio Tinoco (Democratas),
durante a assinatura do termo de cessão para o uso da casa celebrado entre a
Prefeitura e a família Amado. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (31),
na Rua Alagoinhas, número 33, no bairro do Rio Vermelho, onde o romancista
viveu com sua família no período entre 1964 e 2001.
Para o democrata, o memorial
será mais um incentivo ao turismo no bairro considerado o mais boêmio de
Salvador e uma oportunidade de baianos e turistas viajarem pelas histórias
escritas na casa que projetou a Bahia para o mundo. “Além de ser um
reconhecimento ao escritor Jorge Amado, que ainda em vida declarou o sonho em
transformar a casa onde viveu quase quatro décadas em museu. O seu desejo foi
retratado também pela sua esposa, a também escritora Zélia Gattai, no livro
“Memorial do Amor” (2004)”, destacou Tinoco, ressaltando que o centenário do
escritor baiano foi homenageado no Carnaval de 2012, ano que esteve à frente da
coordenação da maior festa popular do mundo.
Custeado pelo governo de
Portugal e doado à família de Jorge Amado, o projeto arquitetônico –
apresentado no dia 10 de agosto de 2012 pela família do escritor – segue o
modelo adotado por outros países. Um exemplo é o México, que possui quatro
memoriais do pintor Diego Rivera, além do Chile, que abriga três memoriais do
poeta Pablo Neruda. Na casa onde será erguido o memorial, o baiano Jorge Amado
escreveu alguns de seus principais romances, como “Dona Flor e Seus Dois
Maridos” (1966) e recebeu ilustres artistas e intelectuais, como o escritor
português José Saramago, o poeta cubano Nicolás Guillén e o diretor
franco-polonês Roman Polanski. O memorial contará ainda com um grande acervo
cultural, desde objetos pessoais e peças de decoração de artistas plásticos
famosos, a exemplo de Carybé e Calazans, até as cinzas do casal depositadas em
uma mangueira no quintal da casa de dois mil metros quadrados. (Marcelo Neiva)
Nenhum comentário:
Postar um comentário