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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

“Criação de memorial de Jorge Amado é mais um ‘gol de placa’ da gestão do prefeito ACM Neto”, declara Tinoco.


“A criação do Memorial Casa do Rio Vermelho é mais um ‘gol de placa’ da gestão do prefeito ACM Neto com seu comprometimento na preservação da cultura baiana e incentivo ao turismo em nossa cidade – ao contrário do governo do Estado, que prometeu investir para a abertura do memorial de visita pública na apresentação do projeto arquitetônico no dia 10 de agosto de 2012, data que o escritor baiano Jorge Amado completaria 100 anos se estivesse vivo”, alfineta o vereador Claudio Tinoco (Democratas), durante a assinatura do termo de cessão para o uso da casa celebrado entre a Prefeitura e a família Amado. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (31), na Rua Alagoinhas, número 33, no bairro do Rio Vermelho, onde o romancista viveu com sua família no período entre 1964 e 2001.
Para o democrata, o memorial será mais um incentivo ao turismo no bairro considerado o mais boêmio de Salvador e uma oportunidade de baianos e turistas viajarem pelas histórias escritas na casa que projetou a Bahia para o mundo. “Além de ser um reconhecimento ao escritor Jorge Amado, que ainda em vida declarou o sonho em transformar a casa onde viveu quase quatro décadas em museu. O seu desejo foi retratado também pela sua esposa, a também escritora Zélia Gattai, no livro “Memorial do Amor” (2004)”, destacou Tinoco, ressaltando que o centenário do escritor baiano foi homenageado no Carnaval de 2012, ano que esteve à frente da coordenação da maior festa popular do mundo.

Custeado pelo governo de Portugal e doado à família de Jorge Amado, o projeto arquitetônico – apresentado no dia 10 de agosto de 2012 pela família do escritor – segue o modelo adotado por outros países. Um exemplo é o México, que possui quatro memoriais do pintor Diego Rivera, além do Chile, que abriga três memoriais do poeta Pablo Neruda. Na casa onde será erguido o memorial, o baiano Jorge Amado escreveu alguns de seus principais romances, como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1966) e recebeu ilustres artistas e intelectuais, como o escritor português José Saramago, o poeta cubano Nicolás Guillén e o diretor franco-polonês Roman Polanski. O memorial contará ainda com um grande acervo cultural, desde objetos pessoais e peças de decoração de artistas plásticos famosos, a exemplo de Carybé e Calazans, até as cinzas do casal depositadas em uma mangueira no quintal da casa de dois mil metros quadrados. (Marcelo Neiva) 

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